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sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Jjovens japoneses não tem interesse em sexo, revela pesquisa do governo

Mais de um terço dos japoneses com menos de 20 anos se diz pouco interessado ou mesmo enojado pelas relações sexuais, segundo uma pesquisa divulgada pelo Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar do Japão. Realizada em setembro de 2010, com cerca de 3 mil entrevistados, a pesquisa mostra, ainda, que 40% dos casais entrevistados não têm vida sexual ativa. Segundo o "Wall Street Journal", o termo "herbívoros" já virou costume para descrever os jovens que são passivos e menos ambiciosos em seus relacionamentos românticos que as gerações anteriores.
De acordo com a pesquisa, 36% dos homens entre 16 e 19 pesquisados se descreveram como "indiferentes ou com aversão" a ter relações sexuais (um aumento de 19% desde o último levantamento realizado em 2008). As mulheres parecem ser ainda mais relutantes em considerar o sexo: 59% das japonesas entre 16 e 19 disseram que estavam desinteressadas ou com aversão ao sexo (aumento de 12% desde 2008).
Entre os casais sem vida sexual ativa - aqueles que não fazem sexo há mais de um mês - a porcentagem ficou em 40,8%. Dos casais com idades acima de 40 anos, o índice de desinteresse por sexo ficou em torno de 50%.
Entre as razões alegadas pelos homens casados para a falta de atividades sexuais está o cansaço após a jornada de trabalho (19,7%), enquanto as mulheres alegam que o sexo traz problemas (26,9%). Já a principal razão compartilhada entre maridos e esposas para a falta de sexo é o nascimento de um bebê, cuja porcentagem atingiu 20,9%.
Como a falta de sexo está fazendo a população diminuir, a Associação Japonesa de Planejamento Familiar sugere que a sociedade nipônica repense as horas de trabalho e que encontre medidas eficazes para melhorar a comunicação entre homens e mulheres.
O estudo também mostra que as japonesas não hesitam em recorrer ao aborto quando engravidam sem ter casado ou por razões econômicas, agravando o envelhecimento do país. O índice de fecundidade nacional é de 1,3 criança por mulher, enquanto o necessário para renovar a população é de 2,1.

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